Representantes de 125 Centros de Artes e Esportes Unificados de 22 estados participaram, na quarta-feira (21/5), do I Fórum de Gestores e Comunidades dos CEUs. O evento integrou a programação da Teia Nacional da Diversidade 2014, em Natal (RN).

Do encontro inédito, que reuniu mais de 250 pessoas, foram definidas ações prioritárias para o programa.
 
A principal delas é estimular que os municípios onde os equipamentos estão sendo instalados se integrem ao Sistema Nacional de Cultura (SNC). Dessa forma, o programa CEUs terão melhores condições de se institucionalizar e poderão, entre outras ações, acessar recursos do fundo nacional, estadual e municipal de Cultura que estão sendo implantados. Os gestores e as comunidades presentes no fórum também querem garantir que os objetivos originais dos CEUs sejam preservados por meio de leis municipais. “Isso pode garantir menos dependência dos CEUs em relação às mudanças de governos, dando autonomia para as comunidades”, explicou Isadora Tami, coordenadora de Desenvolvimento Territorial da Secretaria da Economia Criativa do MinC.
 
Outras metas definidas no encontro são a promoção da intersetorialidade, através de projetos em comum com outros ministérios, além de capacitação e oficinas voltadas para os Grupos Gestores dos CEUs.
 
Troca de experiências
 
A tônica do fórum foi a troca de experiência entre os projetos. Os gestores conversaram entre si para esclarecer dúvidas e dividir as principais dificuldades e desafios, como o processo de mobilização social para a ocupação do equipamento. “Conseguimos conversar com quem está na frente, como o CEU de Toledo, o primeiro a ser inaugurado, para ter referências”, explicou Andreia Teodoro, gestora do CEU de Santa Bárbara d’Oeste (SP), inaugurado em fevereiro. “A discussão das experiências minimiza a repetição de erros”, acredita Paula Ribeiro, gestora do CEU de Maracanaú (CE), que tem 50% das obras concluídas.
 
Mapeamento sociocultural
 
O encontro também serviu para que o Ministério da Cultura apresentasse o mapeamento sociocultural que está sendo desenvolvido para apoiar a mobilização e ocupação dos CEUs. Os mapas estão sendo feitos a partir de uma metodologia desenvolvida especialmente, por meio do cruzamento de dados de diversas fontes oficiais (ministérios da Educação, Cultura, Saúde, Cidades, Desenvolvimento Social e Combate à Fome, IBGE, dentre outros), com informações colhidas diretamente nos municípios para identificar pessoas, grupos, instituições e entidades que desenvolvem ações comunitárias, sociais ou culturais e podem contribuir para a ocupação dos equipamentos.
 
Em seguida, o ministério visita os CEUs e o território em volta para validar os dados. “O momento de ida ao território é fundamental para acrescentar e melhorar esse mapa, que estará sempre em construção”, explicou Isadora Tami, coordenadora de desenvolvimento territorial da SEC/MinC.
 
Texto: Pedro Rafael Vilela / SEC
Edição: Ascom / MinC